Respirar bem refere-se a um padrão de respiração eficiente e saudável, geralmente caracterizado pela respiração nasal, profunda e diafragmática.
Utilizar o nariz para respirar ajuda a filtrar, aquecer e umidificar o ar antes que ele chegue aos pulmões, e a respiração diafragmática diz respeito a envolver o diafragma na respiração, o que permite maior entrada de ar nos pulmões e uma oxigenação mais eficiente do corpo. A respiração diafragmática realiza a expansão do abdômen em vez do peito durante a inalação. Manter um ritmo respiratório calmo e constante é essencial, evitando respirações rápidas e superficiais que podem ocorrer durante períodos de estresse. Outro fator importante é manter uma postura corporal correta que não comprima o diafragma ou os pulmões, para assim promover uma respiração completa e eficaz.
Respirar bem contribui para a saúde geral, melhorando a oxigenação dos tecidos, reduzindo o estresse, e promovendo um estado de relaxamento e bem-estar.
E o que acontece quando se respira pela boca?
Respirar pela boca é o ato de inalar e exalar ar através da boca ao invés de usar o nariz. Esse tipo de respiração pode ocorrer por várias razões, como congestão nasal devido a alergias respiratórias ou resfriados, desvio de septo nasal, ou outros problemas nasais que dificultam a respiração pelo nariz. Os impactos da respiração oral são vários. Respirar pela boca de forma crônica pode levar a vários problemas de saúde, incluindo boca seca, mau hálito, problemas dentários, distúrbios do sono como apneia do sono, e até mesmo alterações na estrutura facial de crianças em crescimento.
Pensando nas áreas da fonoaudiologia, a respiração oral pode ter vários impactos significativos, especialmente em crianças em desenvolvimento. Alguns dos principais impactos incluem:
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Alterações no desenvolvimento da fala e linguagem
Crianças que respiram pela boca podem apresentar dificuldades na articulação de certos fonemas. A respiração oral pode causar alterações na postura e tônus da língua, lábios e mandíbula, afetando a clareza da fala.
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Alterações de mastigação e deglutição
O tônus da língua e dos outros músculos faciais (como lábios, bochechas) ficam alterados, levando a uma postura e movimentos inadequados dos mesmos durante a mastigação e a deglutição, resultando em uma alteração destas funções.
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Desenvolvimento craniofacial
A respiração oral pode influenciar negativamente o desenvolvimento da face e do palato, levando a problemas como a mordida cruzada, palato alto e estreito, e alterações na estrutura facial.
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Saúde vocal
A respiração oral pode causar ressecamento das cordas vocais, o que pode levar a problemas vocais, como rouquidão e fadiga vocal.
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Sono
A respiração oral está frequentemente associada a distúrbios do sono, como apneia, que podem resultar em sono fragmentado e de má qualidade, afetando a cognição e o desempenho acadêmico.
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Atenção e comportamento
Crianças que respiram pela boca podem apresentar dificuldades de atenção e comportamento, devido à menor oxigenação cerebral e sono de má qualidade.
Intervenção
Na prática fonoaudiológica, é essencial IDENTIFICAR E TRATAR A RESPIRAÇÃO ORAL o mais cedo possível. A intervenção pode incluir exercícios para fortalecer os músculos orofaciais, técnicas para promover a respiração nasal e, em alguns casos, encaminhamentos para outros profissionais de saúde, como otorrinolaringologistas e/ou ortodontistas, para tratamento de causas subjacentes.
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