Sabe aquela criança resistente para comer, que não aceita nem mesmo provar novos alimentos? Pois saiba que você pode estar diante de um caso de seletividade alimentar.
Trata-se de um transtorno muito comum em crianças e se caracteriza pelo desinteresse ou recusa de comida, impactando significativamente no desenvolvimento global da criança. Mas a boa notícia é que a fonoaudiologia pode ajudar nesses casos.
Quer entender como? Confira este nosso novo artigo.
O que é a seletividade alimentar
A seletividade alimentar é caracterizada pela recusa persistente em experimentar ou consumir uma variedade adequada de alimentos, resultando em uma ingestão dietética limitada.
Isso pode levar a deficiências nutricionais, problemas de crescimento e desenvolvimento, além de impactar a qualidade de vida da pessoa.
Uma criança saudável pode não gostar de um alimento, mas ela come o que precisa e se desenvolve normalmente.
Já na seletividade alimentar, isso não ocorre. A criança pode ter a crença de que a comida é prejudicial ou simplesmente desinteresse completo pelo alimento. Em alguns casos, as deficiências nutricionais causadas por esse quadro podem ser fatais.
O transtorno também afeta atividades sociais e relacionamentos, como comer com outras pessoas.
Você sabia que desde os primeiros dias de vida, intervenções fonoaudiológicas podem ser extremamente positivas na identificação de anomalias e patologias? Saiba mais em Fonoaudiologia e desenvolvimento infantil: a importância do tratamento precoce.
As causas da seletividade alimentar
A seletividade alimentar pode ter diversas causas e pode variar de pessoa para pessoa. Algumas das causas mais comuns incluem:
Sensibilidades sensoriais
Algumas pessoas são mais sensíveis a certas texturas, cheiros ou sabores dos alimentos. Isso pode resultar em uma aversão a determinados tipos de comida.
Problemas motores
Dificuldades nas habilidades motoras orais, como mastigação e deglutição, podem levar à dificuldade e seletividade alimentar. Isso pode incluir problemas com a força dos músculos envolvidos nessas funções.
Experiências negativas
Experiências passadas negativas com certos alimentos, como engasgos, vômitos ou associações negativas, podem levar a uma aversão duradoura, como um trauma.
Questões de desenvolvimento
Em algumas crianças, a seletividade alimentar pode estar relacionada ao desenvolvimento, especialmente durante as fases de introdução de alimentos sólidos.
Questões emocionais
Ansiedade, estresse ou outros problemas emocionais podem influenciar os hábitos alimentares. Algumas pessoas podem usar a comida como uma forma de controle em situações estressantes.
Condições médicas
Algumas condições médicas, como distúrbios gastrointestinais, alergias alimentares, síndrome do intestino irritável ou distúrbios do espectro autista, podem contribuir para a seletividade alimentar.
Fatores genéticos
Pode haver uma predisposição genética para certas preferências alimentares ou aversões.
Influências ambientais
O ambiente em que uma pessoa cresce e vive pode influenciar seus hábitos alimentares. Por exemplo, a disponibilidade de certos alimentos ou práticas alimentares familiares pode desempenhar um papel importante.
Questões psicológicas
Algumas pessoas podem ter uma aversão a certos alimentos devido a questões psicológicas mais profundas, como transtornos alimentares ou fobias alimentares.
Cultural e social
Fatores culturais e sociais, como preferências alimentares da família, influências culturais ou pressões sociais, podem desempenhar um papel na formação dos hábitos alimentares.
O trabalho da fonoaudiologia na seletividade alimentar
A fonoaudiologia em relação à seletividade alimentar realiza um trabalho de reabilitação fundamental para a recuperação da saúde do paciente.
Os fonoaudiólogos podem avaliar as habilidades motoras orais, como a força dos músculos envolvidos na mastigação e deglutição e identificar problemas que podem estar contribuindo para a seletividade alimentar.
Em casos de seletividade alimentar associada a problemas de deglutição, os fonoaudiólogos podem oferecer estratégias para melhorar a eficiência do processo.
Mas se a seletividade alimentar estiver relacionada a hipersensibilidades orais, os fonoaudiólogos podem trabalhar no processo de sensibilização oral. Isso envolve a exposição gradual a diferentes texturas e sabores para reduzir a aversão.
`Por fim, os fonoaudiólogos desempenham um papel importante na orientação de pais e cuidadores sobre práticas alimentares saudáveis e estratégias para lidar com a seletividade alimentar em casa.
O porquê contar com a ajuda da FonoHUB
A fonoaudiologia na seletividade alimentar realiza o trabalho de auxiliar o paciente na construção de uma relação mais saudável com a comida e também no tratamento de disfunções relacionadas ao comer.
O trabalho do fonoaudiólogo especialista em Motricidade Orofacial, juntamente com o de outros profissionais, como terapeutas ocupacionais, contribui na melhora da qualidade de vida e na promoção de um desenvolvimento sadio das crianças.
Se o seu pequeno está enfrentando dificuldades para experimentar novos alimentos, texturas ou cores, converse com um fonoaudiólogo.
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